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Funcionárias fazem denúncias de assédio sexual contra presidente da Caixa

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães, foi acusado de assédio sexual a funcionárias durante viagens e eventos da estatal. As denúncias foram reveladas nesta quarta-feira (29).

De acordo com a reportagem do site Metrópoles , os casos estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal e foram ouvidos ao longo de semanas, sob sigilo. Até agora, cinco mulheres foram ouvidas.

Pedro Guimarães é presidente da Caixa desde o início do atual governo. O chefe da estatal é presença frequente em eventos ao lado de Jair Bolsonaro (PL), além de participar várias vezes da live semanal do presidente.

As denúncias, que incluem toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis à relação de trabalho, começaram a surgir no fim do ano passado. Todas as mulheres que falaram ao site, sem que seus nomes fossem divulgados, trabalham ou trabalharam em equipes que atendem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa.

As cinco entrevistadas disseram que se sentiram abusadas em diferentes ocasiões, e sempre em compromissos de trabalho. Os casos aconteceram, muitas vezes, em viagens relacionadas ao programa Caixa Mais Brasil.

Muitas funcionárias relataram terem sido chamadas a irem ao quarto do chefe. Duas delas relatam terem sido chamadas com suposta urgência para levar itens que Guimarães precisava: “Ele pede carregador de celular, sal de fruta, remédios”, relata uma das vítimas.

Uma outra situação frequentemente relatada foram os convites de Guimarães para as funcionárias irem à sauna ou piscina na companhia dele nos horários de folga da agenda.

O poder, segundo contaram as trabalhadoras, é parte fundamental dos assédios: “A posição em que ele se coloca deixa as mulheres muito constrangidas. Se ele tem o poder, você tem que fazer, tem que fazer o que ele mandar, independentemente do que seja”, falou outra denunciantes.

Todas as mulheres ouvidas, segundo o Metrópoles, relataram medo de denunciar pela posição de poder que Guimarães ocupa.

UOL

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