O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disparou contra o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, segundo o qual os militares foram orientados a atacar o sistema eleitoral brasileiro.
Em nota, o general disse:
“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas instituições nacionais permanentes do Estado brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições.”
Barroso, na verdade, citou algumas provas, como o expurgo de todos os generais que se opuseram ao discurso golpista e os tanques da Marinha que desfilaram naquela fanfarronada do voto impresso:
“Um desfile de tanques é um episódio com intenção intimidatória. Ataques totalmente infundados e fraudulentos ao processo eleitoral (…). Não se deve passar despercebido que militares profissionais admirados e respeitadores da Constituição foram afastados, como o general Santos Cruz, general Maynard Santa Rosa, o próprio general Fernando Azevedo. Os três comandantes, todos, foram afastados. Não é comum isso, nunca tinha acontecido.”
Apesar disso, porém, Barroso poupou a caserna, acrescentando:
“Tenho a firme expectativa de que as Forças Armadas não se deixem seduzir por esse esforço de jogá-las nesse universo indesejável para as instituições de Estado, que é o universo da fogueira das paixões políticas. E, até agora, o profissionalismo e o respeito à Constituição têm prevalecido.”
Bem, no general Paulo Sérgio, a paixão bolsonarista acabou prevalecendo.
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