A Prefeitura de João Pessoa deve concluir, no próximo mês de junho, um documento com diretrizes que vão dar base à criação de políticas públicas voltadas para o fomento da economia criativa na cidade. O objetivo da iniciativa é traçar propostas de ações e projetos, tanto estruturantes como estratégicos, voltados para todos os segmentos abrangidos pelas Cidades Criativas da Unesco – entre as quais, a Capital paraibana é referenciada no artesanato.
A primeira roda de discussões para formulação do documento aconteceu esta semana no Sebrae, no Bairro dos Estados, durante a Oficina de Design Territorial. O encontro reuniu representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest) de João Pessoa, do poder público, da iniciativa privada e da academia.
“Pela primeira vez, a Prefeitura discute sobre política pública para a economia criativa. Tivemos a oportunidade de debater, na oficina, as ideias iniciais para a montagem dos parâmetros que vamos trabalhar para definição das diretrizes e das normas que, por sua vez, irão estabelecer como vai se dar a criação do nosso território de economia criativa”, explicou João Bosco, secretário executivo da Sedest.
Etapas – Na Oficina de Design Territorial, as pautas discutidas foram norteadas por uma série de perguntas estruturadas, cujas respostas eram tabuladas e apresentadas em tempo real. A partir delas, foram traçadas as ações seguintes.
“Começamos identificando as vocações da cidade, através de seus patrimônios material, imaterial, natural e construído. A partir dessas identificações e prioridades, passamos a levantar fraquezas para preservação desses patrimônios, com vista na sua utilização pelas próximas gerações”, explicou Eduardo Barroso, coordenador de Projetos Especiais da Diretoria de Economia Criativa da Sedest.
Em seguida, foram analisadas as potencialidades e as oportunidades da cidade. “Esses três conjuntos de questões nos levaram a posicionar uma visão de futuro, que foi definida como uma cidade sustentável e inovadora”, complementou.
Continuidade – Eduardo Barroso ainda destacou que a roda de discussão já teve como resultado uma lista com alguns projetos estratégicos e estruturantes, que terão continuidade em uma segunda oficina, pré-agendada para a primeira quinzena de junho.
“Convidaremos coordenadores de cursos de universidades nas áreas afetas à economia criativa, além de outras secretarias municipais. O produto final desses dois encontros será uma forma de manifesto, denominado Carta da Cidade Criativa de João Pessoa, uma base atualizada e confiável para desenvolver políticas públicas de economia criativa”, concluiu.
Sobrinho-neto de João Pessoa, Milanez Neto chama de estupidez ideia de trocar nome da Capital