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Bolsonaro e aliados condicionam apoio nas sucessões da Câmara e do Senado a anistia em caso de condenação

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Ex-presidente e seus apoiadores avaliam que proposta passaria na Câmara, mas poderia enfrentar resistência no Senado enquanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG) for presidente. Por isso, apostam em negociar projeto após 2026, quando David Alcolumbre (União Brasil-AP) – pré-candidato ao comando da Casa – pode buscar apoio para uma eventual reeleição.

Jair Bolsonaro (PL) e seu grupo político têm condicionado seu apoio à escolha dos próximos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para 2025, a um projeto de lei que garanta anistia ao ex-presidente, caso ele venha a ser condenado pela Justiça.

Segundo aliados do ex-presidente, hoje, Bolsonaro tem uma situação confortável para conseguir aprovação da anistia na Câmara. Já no Senado, a expectativa é que a proposta seja barrada enquanto a Casa for presidida por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O ex-presidente e os aliados, entretanto, veem uma oportunidade na eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado. A conta do grupo é a seguinte: a direita deve conquistar a maioria na eleição de 2026, e Alcolumbre terá de discutir o projeto de anistia caso queira apoio para uma eventual reeleição à presidência da Casa.

Entre os partidos que apoiam esta manobra estão o PL, de Bolsonaro, e o PP. Ao invés de propor uma Emenda à Constituição (PEC), que exigiria uma aprovação mais complexa, eles buscam uma proposta legislativa que necessite apenas de maioria simples para sua aprovação. Esta estratégia vem sendo discutida há mais de um ano, ganhando força à medida que as investigações contra Bolsonaro avançam.

A execução desse plano pode levar a um embate entre Legislativo e Judiciário nos próximos anos – arrastando, também, o Executivo.

 

 

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