A reconciliação entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) não deve se resumir apenas à presença do ex-ministro da Justiça em debates televisivos.
A campanha à reeleição planeja uma participação ativa de Moro na reta final do segundo turno, com a presença do ex-magistrado em propagandas televisivas e em agendas de viagens.
A ideia, de acordo com aliados do presidente, é de que Moro já grave para os palanques eletrônicos nesta semana, com um discurso focado na Operação Lava Jato e trazendo os indícios de corrupção durante governos petistas.
A estratégia defendida por auxiliares do presidente é de que Moro ajude tanto a tentar aumentar a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como a atrair apoios entre eleitores moderados, que votaram em candidatos da terceira via no primeiro turno.
A campanha à reeleição também avalia viagem de Bolsonaro ao Paraná na companhia de Moro.
O objetivo é tentar aumentar a vantagem alcançada pelo presidente no estado, onde ele obteve no primeiro turno 55% dos votos válidos.
A avaliação feita por aliados do presidente é de que é possível elevar a votação no segundo turno para pelo menos 60% dos votos válidos, o que ajudaria a reduzir a vantagem geral no país obtida pelo candidato petista.
A presença de Moro no debate da TV Bandeirantes neste domingo (16) foi definida em reunião promovida na última sexta-feira, em Curitiba, entre o ex-juiz federal e integrantes da campanha bolsonarista.
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